O Inep/MEC divulgou recentemente os resultados do Enem 2007. Imediatamente diversas matérias a respeito foram publicadas, e o assunto continuou (e continua) por vários dias. O tema recorrente é a posição privilegiada das escolas particulares e a distância destas com o ensino público, como demonstram algumas manchetes:
- Particulares e federais se destacam (Jornal do Commercio)
- Enem mostra que aumenta a distância entre as escolas públicas e particulares (G1)
- Nas capitais, só 4 das melhores escolas no Enem 2007 são públicas (G1)
- 5 escolas públicas estão entre as 20 melhores no ensino médio (O Estado de São Paulo)
- Treze das 20 melhores de SP são da capital (O Estado de São Paulo)
- PE: Privadas também lideram no Estado (Jornal do Commercio)
Nesses momentos sempre procuro tomar cuidado com análises precipitadas. Apesar da validade do exame temos que saber que ele não deve ser a única fonte de nossa avaliação. Há distorções e erros de interpretação quando colocamos um peso muito grande num único indicador.
A mesma coisa ocorre na gestão da escola. Para tomarmos as decisões mais acertadas devemos nos cercar de vários índices e informações, que tanto podem ser pesquisas, indicadores econômicos ou uma boa conversa com algumas famílias.
Quanto mais dados (sem exageros, claro) o gestor tiver, mais fácil será para ele desenhar um cenário coerente com sua realidade e tomar as melhores decisões.
