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sábado, 5 de abril de 2008

Desempenho despercebido

— Mas as pessoas não ficam ressentidas com ordens e supervisão estreita? — aventurou a empresária.
— No começo nem sempre — disse o Gerente-Minuto. — Quando estão aprendendo uma tarefa, quase todas as pessoas se mostram principiantes entusiásticos. Estão dispostas a aceitar qualquer ajuda que você lhes possa dar. Afinal de contas, elas querem trabalhar bem.
— O senhor realmente acha que as pessoas querem trabalhar bem? — duvidou a empresária. — Tenho observado muitas pessoas que parecem estar apenas vendendo o seu tempo no emprego para satisfazer necessidades em outras esferas. Aparentemente, trabalham apenas por dinheiro. Pouco se lhes dá se a empresa atinge ou não seus objetivos.
— Você tem razão — admitiu o Gerente-Minuto. — Há pessoas, lamentavelmente muitas, que parecem não se importar com a empresa e que apenas trocam seu tempo por um salário no final do mês. Mas se você pudesse voltar atrás no tempo e observá-las quando elas começaram num novo emprego, duvido que verificasse esta falta de interesse. Creio que as pessoas só perdem o interesse depois de constatarem que o bom desempenho não faz a menor diferença.
— O que é que o senhor quer dizer com isso?
— Quero dizer — prosseguiu o Gerente-Minuto — que na maioria das vezes o bom desempenho passa despercebido. Se as pessoas fazem alguma coisa bem, seus superiores se calam. Mas quando cometem algum erro, são imediatamente advertidas.
Liderança e o Gerente-Minuto — Editora Record